sexta-feira, agosto 29, 2008

Seguir as regras ????


Compartilho uma estória....Era sobre um Mestre e seu discípulo que caminhavam em silêncio. Ao chegarem à beira de um rio, notaram que uma mulher gostaria de atravessá-lo, mas, sozinha, não conseguia. Imediatamente, o Mestre a tomou nos braços e a carregou até o outro lado da margem. Soltou-a e continuou sua caminhada, tendo ao seu lado o discípulo que o acompanhava.No final do dia, o discípulo não agüentou e falou:- Mestre, preciso desabafar! O senhor cometeu um gesto que contradiz as regras. Sabemos que não podemos tocar uma mulher e o senhor não só tocou uma como a carregou até a outra margem do rio... Como poderei confiar no senhor novamente se a regra não foi cumprida?O Mestre, surpreso, respondeu:- Do que você está falando?!?E ao olhar para o semblante angustiado do discípulo, rindo-se, lembrou em voz alta:- Ah! Da mulher que deixei lá atrás, no rio... Você ainda a está carregando?!?

As regras são mesmo ótimas, mas podem acabar endurecendo nosso coração...há momentos(na maioria deles) em que o melhor a fazer é simplesmente seguir nosso coração. Que determinadas regras não nos impeçam de fazer aquilo que acreditamos ser o melhor. As vezes ficamos igual ao discípulo... apegados ao que já foi, já deu, acabou... não existe mais...

Escureceu....



A noite chegou.
O dia passou, o sol se pôs
Ficamos esperando, esperando, esperando... mas esperando o que ?
Esperamos tanto que o dia se foi, a noite foi chegando e aqui está

Escureceu.

E a gente se dá conta que esperou o dia todo, pensando que em algum momento, será "o momento", e aquele momento passou. As horas passaram, o relógio andou. E a noite chegou.
E nessa espera não procuramos nem uma vela, uma lanterna, um guia. Nem fizemos um fogo...
Simplesmente esperamos.
E agora no escuro, não há como encontrar os paus, nem os gravetos, muito menos as folhas secas. Não há fósforos, nem isqueiro pra acender um fogo.

Escureceu.

E agora, o que fazer ?
O que não fazer ?
Enquanto era dia, entramos em tantos temazcais e tivemos tantas oportunidades de morrer ali mesmo. Sábio é aquele que se entrega e já morre ali, de uma vez...
Mas a gente sempre "pensa que precisa" ser forte, pra se acaso, todos morrerem, poder manter o fogo aceso.
Mas aí, todos renascem.
E a gente nem morreu...

Escureceu.

E nesse escuro, não tem pra onde ir, nem o que fazer. Talvez rezar ajude...
Talvez.
Mas a noite continua.
Pra onde vamos ?
Pra onde devemos ir ?
Pra piorar (se é que isso ainda era possível..) cai uma forte neblina.
Agora sim !
No mato, sem cachorro.
E sem ninguém.

Escureceu.

A gente sabe, que em algum momento, o dia vai chegar. Vai chegar a luz... vai voltar. Mas quando ?
Que noite escura.
Talvez não se deva fazer nada. Simplesmente esperar.
Mas esperar o que ? Pra que ?
Esperar o dia !
E até que o "famoso dia" chegue.......essa LUZ, esse sol, não tem remédio. Espera.

Escureceu.

E aí, nesse escuro, vem o medo.
E esse medo dessa escuridão parece que só cresce.
Medo de sentir medo.
Medo de todos os medos, que se acreditava que nem existiam...
Simplesmente estavam ali.
Como uma fechadura, só esperando que alguém colocasse a chave certa.
Clique.
Alguém acertou a chave.
Dentre tantas possibilidades, havia uma (pelo menos) para aquela fechadura. Sempre há. Mas são tantas as opções, tantas chaves, tantos segredos, tantos mistérios.
Mas existe uma chave para aquela fechadura. E parece que alguém sempre acaba acertando, sempre descobrindo o segredo.

Escureceu.

Estamos nesse escuro infinito, sem saber pra onde ir. Talvez seja melhor, ir parando por aqui mesmo. Ficar quietinho. Se entregar pra Terra, fechar os olhos. Pelo menos, até que o primeiro raio daquele Sol apareça.
Dizem que o Grande Sol, está dentro. Mas está tão escuro, tão de noite.
De olhos bem fechados, esperamos.
Fechados de medo dessa noite escura.


Escureceu.

Até a mochila desapareceu.
Também !
Pra que carregar algo que não tem serventia ? Que nem lanterna tem ? Que idéia !
Joga fora esse treco !
Se é pra carregar algo, que seja algo que valha a pena, que seja útil, que ajude, que some, acrescente, multiplique. Chega de subtrair e dividir.
Ah, essa Matemática Sagrada, Sagrada Geometria...
Mas mesmo com tudo isso..escureceu.

Até mesmo tentar abrir os olhos, lá estarrado na Terra, custa, demanda esforço, é difícil, pesado...
Escureceu.


Autoria: Sisaray Rupanco

quarta-feira, agosto 27, 2008

OS ASTECAS




TEMPLO DO SOL...





OS ASTECAS




Astecas, Aztecas ou Méxicas

Os índios Astecas, ou Méxica, foram dos povos mais civilizados e poderosos da América pré-colombiana. Ocuparam como se autodenominaram os habitantes do Vale do México (em uma ilha do Lago Texcoco), vieram para essa região, depois de uma longa e lenta migração. Chegaram de um lugar chamado Aztlán, situado no sudoeste do atal Estados unidos, onde viviam como tribos guerreiras nômades. Desde a Era Cristã, existiam civilizações urbanas, sedentárias e agrícolas na região e exemplo dos toltecas. Os últimos a chegar ao refinado mundo do planalto mexicano foram os astecas sedentarizaram-se e mesclaram-se com os toltecas e a partir da aliança feita entre as cidades de Texcoco e Tlacopan, surgiu o "Império Asteca", tendo como centro a cidade asteca de Tenochtetlán. Cada uma das cidades-estados possuía o seu próprio rei, mas os astecas tinham o comando militar na época em que ocorreu a ocupação espanhola, os indígenas do imenso império só reconheciam um chefe: Montezuma, o imperador asteca. A partir de sua capital, Tenochtitleán (hoje a cidade do México), os Astecas controlavam um grande império que incluia quase todo o centro e sul do México. Foram guerreiros famosos, com uma organização militar muito desenvolvida. Eles eram fortes, de pele escura, cabelos curtos e grossos, e rostos redondos. Assemelhavam-se a alguns grupos de indígenas que hoje vivem em pequenas aldeias perto da Cidade do México.

* Curiosidade: Quase todos falavam a língua Náuatle, que em determinadas palavras assemelha-se ao português, por exemplo; tomate e chocolate, que em Náuatle é tomatl, chocolete.
Governo

O sistema governamental dos Astecas era monárquico, onde o Conselho do Imperador, era quem elegia seu sucessor, escolhido entre os membros da linhagem governante, e chamada Casa Real. O coração político e espiritual dos Astecas, era a cidade de Tenochtítlan na ilha de Tlatelolco ( Lugar do Cacto Espinhoso ), capital do Império Asteca. Era o Conselho do Imperador, que elegia o sucessor do Imperador, que era escolhido entre os membros de linhagem governante, a chamada Casa Real. O poder do Imperador era hereditário, e considerado de origem divina e ele governava auxiliado pelo "Grande Conselho", as suas principais obrigações eram proteger o Povo e homenagear os Deuses. Os Astecas tinham pouca liberdade de ação e pouca voz no governo devido a forma de governo ser a Autocrácia.

Sociedade

A sociedade era bastante flexível, ocorrendo mobilidade social dentro do Império. Alguns membros das baixas camadas livres poderiam ascender à categoria de dignitários graças à bravura nos combates, era possível galagar postos militares e chegar a fazer parte da Aristrocracia militar. Poderiam também, dedicar-se aos serviços religiosos e até, mesmo chegar a ser supremo Sacerdote. Ela se organizava como uma pirâmide Deste os indígena: na base Escravos (bem tratados), Servo ( que trabalhavam nas terras privadas da nobreza ), já a maioria da população era composta pelos Comuns ( Macehualtin ), que viviam e trabalhavam nas terras comunitárias, por direito de usufruto. Os Comuns pertenciam a grupos familiares Capulli ( Casas Grande ), que possuíam terra, um chefe de clã e um templo. Acima de todas as categorias anteriores, estava a Nobreza Hereditária ( Pipiltin ), de onde saíam os burocratas para o sistema, e de cujas fileiras se formava o Conselho do Imperador.


Religião

Desde os indígenas do México, os Astecas foram os que mais cultuaram seus Deuses. À época da chegado dos Espanhóis, a religião Asteca era uma síntese de crenças e cultos. Os Deuses agrários dos povos agrícolas do centro do México fundiram-se com os Deuses astrais dos povos guerreiros bárbaros. Um dos tipos de Cerimônia de Sacrifício Humano era: Que o mais bravo dos prisioneiros de guerra era sacrificado a cada ano. No dia de sua morte, ele tocava flauta no cortejo. Sacerdotes e quatro belas moças acompanhavam-no.

Cultura

Embora fossem herdeiros culturais de outras grandes civilizações, os Astecas conseguiram desenvolver técnicas e conhecimentos bastante elevados. A arquitetura sobressaiu na construção de monumentos, diques e aquedutos. Na arte da ourivesaria eram mestres. Os sacerdotes, astrônomos e astrólogos Astecas tinham com um de seus deveres contemplação do céu e o estudo do movimento dos astros. Os livros eram importantíssimos, os colégios dos nobres e os palácio possuíam volumosas bibliotecas. a escrita era uma mistura de ideografia com a escrita fonética, pois alguns caracteres derrotaram idéias e objetos, e outros, designavam sons.

O Calendário

No Calendário se encontram representadas a cosmogonia e a cronologia dos antigos mexicanos. Ao centro destaca-se o Sol (Deus Tonatiuh) sedento de sangue com o signo nauiollin, símbolo do nosso universo. Os quatro braços da Cruz de Santo André, correspondentes ao signo Ollin, contêm os símbolos dos quatro antigos Sóis. Em torno destes hieróglifos, círculos concêntricos mostram os signos dos dias (vide abaixo), os anos, representados pelo glifo xiuitl composto de 5 pontos, sendo 4 em cruz e mais outro no meio e, enfim, duas "serpentes de turquesa", isto é, os dois períodos de 52 anos que correspondem aos 65 anos do planeta Vênus, os dois constituindo o ciclo de 104 anos denominado ueuetiliztli ("velhice"). Os astecas tinham conhecimento precisos sobre a duração do ano, a determinação dos solstícios, as fases e eclipses da Lua, a revolução do planeta Vênus e diversas constelações, como as Plêiades e a Grande Ursa. Eles atribuíam uma atenção especial à mensuração do tempo, numa aritmética que tinha como base o número 20. Ao fim de cada período de 52 anos, acendia-se o "Fogo Novo" no cimo da montanha de Uixachtecatl. Isto era denominado "liga dos anos". Era comemorado como um verdadeiro "Reveillon" místico com sacrifícios, danças, renovação de utensílio domésticos, etc. O Calendário Asteca possuía 18 meses com 20 dias, estes últimos a saber:

Coatl - Cobra
Cuetzpallin - Leopardo
Calli - Casa
Ehecatl - Vento
Cipactli - Crocodilo
Xochitl - Flor
Quiahuitl - Chuva
Tecpatl - Pedra
Ollin - Tempo
Cozcacuauhtli - Abutre
Cuauhtle - Águia
Ocelotl - Jaguar
Acatl - Bastão
Malinalli - Erva
Ozomatli - Macaco
Itzquintli - Cão Careca
Atl - Água
Tochtli - Coelho
Mazatl - Cervo
Miquiztli - Caveira

Agricultura e Subsistência

Alimentavam-se essencialmente de milho (era tão importante que existia até um Deus-Milho), feijão, abóbora, pimenta e tomate. Os grãos de amaranto e sálvia eram usados em mingaus. Em torno do lago, consumiam-se peixes, crustáceos, batráquios e até insetos aquáticos. Aliás, os peixes e crustáceos só chegavam ao Planalto para serem consumidos pelas mais altas camadas da sociedade.

O Fim do Império

Em 1519, Hermán Cortés partiu da ilha de Cuba com o objetivo de saquear a civilização Asteca. Os Astecas tomaram conhecimento dos estrangeiros pela descrição de seus informantes. Montezuma e seus conselheiros concluíram que Quetzalcoatl estava retornando para tomar o que era seu. Os Astecas enviaram mensageiros com presentes para Cortés, imaginando ser ele seu Deus. Os presentes em vestimentas, jóias e ouro despertaram a cobiça de Cortés. O conquistador Europeu, percebeu, que havia alguns povos dominados pelos Astecas que lhe tinham ódio: aliou-se, então, a esses povos que recebiam os Espanhóis como libertadores. A destruição do Império Asteca foi possível, em parte, pela superioridade em armamentos dos Europeus. Os canhões, os cavalos, os arcabuzes e as espadas de ferro aterrorizavam os homens a pé e armados de arcos e flechas. Não podemos esquecer também o papel desempenhado pela diplomacia de Cortés na conquista. Esse Espanhol semi-analfabeto, sedento de ouro e sangue, soube utilizar os povos nativos dominados pelos Astecas, para obter seus intentos. Era atuação do sistema capitalista Europeu, que não poupava nem mesmo vidas humanas para impor suas regras pré-estabelecidas na política mercantilista vigente.


TEMAZCAL DE AGOSTO 2008


Neste último domingo dia 23, tivemos mais um TEMAZCAL em Joinville...... Foi mais um daqueles momentos mágicos, de puro compartilhar. Compartilhar este, que é pura Medicina...
............Corazón...
Corazón de Fuego, Corazón de Fuego... corazón...
Essa é uma canção que me chegou nos meus 13 dias... Só um pedacinho dela...
A todos os que vieram, meu agradecimento pela confiança... pela humildade, pela vontade, pela sinceridade, pela integridade do momento.
Metakuye Oyasin !!!!