quinta-feira, dezembro 11, 2008

Mistérios Femininos


Do Livro: O Caminho de Avalon - Os mistérios femininos e a busca do Santo Graal, de Jean Shinoda Bolen



"Um grupo de mulheres pode constelar um campo mórfico da Mãe quando nos reunimos em um círculo sagrado. Criamos um temenos, que significa "santuário" em grego. Em um círculo de mulheres, cada mulher é ela mesma e também um aspecto de todas as outras mulheres presentes. Não há uma hierarquia vertical em um círculo e, quando o círculo é um temenos, ele é um lugar seguro para falar a verdade sobre os nossos sentimentos, percepções e experiências.... Para que um círculo de mulheres possa funcionar como um caldeirão espiritual e psicológico para a mudança e o crescimento , precisamos enxergar cada mulhar do circulo como uma irmã que, como um espelho, nos devolve reflexos de nós mesmas.Isso significa que o que quer que tenha acontecido a ela poderia ter acontecido conosco, o que quer que ela tenha sentido ou feito é uma possibilidade para nós, que ela é alguém em relação a quem não devemos nos sentir superiores, inferiores ou indiferentes.Esses não são apenas conceitos, mas a realidade emocional que resulta de ouvir mulheres relatando a verdade sobre suas vidas. Outro aprofundamento provém da percepção psicológica de que podem ocorrer reações fortes a outra mulher pelo fato de ela representar algo em nós que é psicológicamente carregado. Nossas reações não estão relacionadas a ela, mas a nós mesmas, Talvez não a suportemos por ela expressar experiências que reprimimos. É possível que a consideremos difícil por reagirmos a ela como à nossa mãe ou a outra figura significativa.Pode ocorrer também de sermos atraídas por ela pelo fato de ela corporificar algum potencial que existe em nós mesmas e de as qualidades positivas que tanto admiramos nela estarem se desenvolvendo em nós. Talvez a evitemos por temermos nossos próprios vícios, dependências ou carência. Dessa froma somos,umas para as outras, figuras simbólicas que precisamos compreender como compreenderíamos símbolos em um de nossos sonhos....Por estarmos juntas... nós mulheres - com aquela permeabilidade da estrutura do ego que a psicologia masculina tem criticado tanto - absorvemos a estrutura de quem éramos umas para as outras. É claro que conversamos, mas não há como reunir nossos valores, experiência e sabedoria coletiva - e ainda assim, considero que é isso que fazemos.

domingo, setembro 14, 2008

A SENHORA DO FOGO !


Compartilhando um pouco do que foi a energia do nosso Círculo de Mulheres deste mês de Setembro 2008.... em Curitiba – PR.
Foi um trabalho com a energia da Mãe de cada uma de nós. Para algumas algo simples, para outras algo denso, difícil, difícil até de ficar sentada. Uma energia que levava ao aconchego, ao silêncio ao recolhimento. Agradecer a Juliana, nossa lindinha que trouxe um oráculo, o Oráculo das Deusas. Cada uma tirou uma carta e a minha foi a da DEUSA BRIGIT.
Cheguei em casa e logo fui procurar um pouco na Internet sobre ela.
Eis o que encontrei:
Deusa Brigit, uma Deusa solar ,Senhora do Fogo, da vida, do conhecimento, da poesia, das fontes sagradas,associada com as árvores, as flores e o cantar dos pássaros e nessa época do ano, com a aproximação da Primavera, todos esses elementos começavam a dar seus primeiros sinais vitais de retorno. Honrada por todos os celtas, eles agradeciam por Ela ter mantido o Fogo das lareiras queimando durante as noites escuras e gélidas de Inverno.
Esse Sabbat simboliza o tempo em que a Deusa está cuidando do seu bebê, a Criança do Sol (o Deus). Ela e seu filho afastam o Inverno. O Deus está crescendo forte e poderoso e isso se torna cada vez mais visível nos raios de Sol que começam a dar seus primeiros sinais. A Deusa está recuperando suas forças do nascimento em Yule e isso é refletido na coloração verde das plantas e nos animais que começam a sair da hibernação. Agora a Deusa abandona o seu aspecto de Anciã e se transforma na Virgem das Flores.
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Brigit, Deusa do Fogo triplo! Brigit é uma antiga Deusa Tripla do Fogo e foi venerada por toda Bretanha e Europa. Ela está particularmente associada ao Imbolc, o primeiro dos quatro grandes festivais célticos do ano. Ela preside o fogo, a beleza e todas as Artes. Foi sugerido que o nome Brigit originalmente significasse Deusa e era conferido a todas as Deusas irlandesas e britânicas. Na forma irlandesa seu nome significa "Alta" ou "exaltada". Alguns, no entanto, dizem que o nome Brigit vem de Breo-saigit que quer dizer flecha flamejante. Ela também é chamada de Bride (BRIDA), Brigit e Brighde, simbolizando os três diferentes tipos de fogo. Ela é o Fogo da Inspiração, a Musa- a Deusa da poesia falada pela fonte sagrada.A palavra poesia vem de poesias, significando criação. Nos tempos antigos os poetas estavam sobre a proteção de Brigit. Seus sacerdotes carregavam um bastão dourado com pequenos sinos em sua honra. Outros nomes que lhe foram conferidos foram Brigidu, Brigantia e Briginda. Brigit é a Deusa das Fontes Curadoras. Há muitas fontes de Brigit por toda a Bretanha onde suas águas ainda podem ser bebidas.As pessoas podem submergir nas águas curadoras que contém minerais e a sua vibração ígnea. As fontes termais expressam o encontro do fogo com água e por isso são especialmente sagradas para a Deusa. Brigit é a Deusa da Lareira da casa e dos ferreiros. Nos tempos antigos a lareira era o coração das casas, a fonte de luz, calor e alimentação. Uma nova casa não era considerada um lar até que uma chama de Brigit fosse acesa na lareira. Brigit também é a Deusa da Forja, a ígnea arte alquímica de moldar metais brutos criando em belezas.Dizem que por meio da forja Brigit construiu o primeiro apito que tornou possível chamar alguém a distância e durante a noite. Ela também é a Deusa Vaca Branca reverenciada nos tempos antigos como a Senhora capaz de dar e sustentar a vida. Ela é comumente representada como uma mulher ordenhando uma vaca com longas túnicas feitas com lã de ovelha, um de seus muitos animais sagrados. A forma latinizada do nome de Brigit é Brigantia, encontrado por toda Bretanha e Europa. Brigantia foi também o antigo reino que incluía a antiga Inglaterra, Bretanha e norte da Espanha. Brigit foi reverenciada em Roma, na Bretanha e País de Gales, mas é indubitavelmente uma Deusa muito mais antiga. Ela foi transformada em Santa Brígida pela Igreja Católica em meados de 453 D.C. Assim como a Deusa Brigit, Santa Brígida era conhecida como a padroeira dos trabalhos agrícolas e do gado, protetora da casa contra o fogo e calamidade. Brigit também é uma Deusa do Sol, conhecida na Irlanda como Bride dos Cabelos Dourados, Bride das Colinas Brancas, e na Escócia como Bride das Claras Palmas e Maria dos Galeses. Como Noiva (note que Bride é a palavra inglesa para noiva) ela é a Deusa original que todos os noivos honram quando desejam se casar. Brigit possui quatro animais sagrados: a cobra, a vaca, o lobo e o abutre. A Cobra é a "Serpente Criadora" que era guardada em seus santuários onde oráculos eram revelados aos homens. O seu segundo animal é a Vaca Sagrada. Seu abundante leite nutre humanos e crianças. Ela é conectada com o lobo,pois ele é um dos animais totem das Ilhas britânicas. E em seu aspecto de Deusa da Morte, ela está associada com o Abutre ou outras aves de rapina. Igualmente lhe é sagrado o cisne, tanto o branco quanto o negro. Os antigos povos europeus acreditavam que o cisne era o resultado da união da serpente com o pato, simbolizando o fogo e a água respectivamente, ambos sagrados para Brigit. A festa de Brigit se inicia no começo de Fevereiro no hemisfério norte e no início de Agosto no hemisfério sul, entre o Inverno e a primavera. Esta festa é chamada de Imbolc e significa "no leite", uma vez que esta celebração ocorre no período onde as ovelhas e vacas encontram-se em seu período de lactação. Nesta data, os primeiros raios de sol de Brigit iluminam os dias escuros do inverno. Este é o momento quando Brigit espalha o seu manto sobre a Terra uma vez mais, abençoado toda a vida. Dizia-se antigamente que "Brigit é aquela que sopra a vida na boca do Inverno morto". Nos tempos antigos a perpétua Chama de Brigit queimava em seu santuário em Kildare. Este fogo era guardado por 19 Virgens em um Ciclo de 20 dias, um para cada Virgem. No vigésimo dia, Brigit cuidava sozinha da chama. Brigit assumiu inúmeros aspectos e atributos através dos tempos. Suas três cores sagradas são o vermelho, laranja e verde. cada uma desta cores representa um dos atributos de Brigit. O vermelho simboliza o fogo da forja. O laranja representa a luz solar, pois antes da ascensão patriarcal de Deuses como Bel e Lugh ao patamar de Deuses solares, era a Brigit que o Sol era consagrado. O verde representa as fontes e ervas que curam, no papel de Brigit como Curandeira. Só um toque, ritos que podem ser considerados apenas o Samhain e o Beltane, já que o ano era dividido entre a parte clara e a parte escura o Imbolc não entra na mesma grandeza desses dois. É mais uma comemoração tradicional do que um rito em si. Apenas a wicca (que não é uma religião puramente celta) considera o Imbolc assim.Mas de forma alguma isso desmerece essa deusa maravilhosa, foi só um toque mesmo. Imbolc ocorre seis semanas após Yule, simbolizando a recuperação da Deusa após o parto da criança solar e sua transformação em Donzela jovem e cheia de vigor.


Realmente interessante e nos prepara para a entrada da PRIMAVERA, em uma semana.

FELIZ LUMINOSIDADE!!!!
LINDA PRIMAVERA!!!!


Sisaray Rupanco

quinta-feira, setembro 04, 2008

ESPÍRITO DE FÊNIX....




ESPÍRITO DE FÊNIX


FLOR DAS ÁGUAS


FIM DE CICLO


SINAL DOS TEMPOS ?


MORTE ... E UM DIA.... VIDA


PURAS CINZAS


RESPOSTAS ? QUAL ERAM MESMO AS PERGUNTAS ?


AH... ONDE ????


NESTE FOGO....


Por Sisaray Rupanco


A FÊNIX


Ave fabulosa que, segundo a mitologia, vivia durante muitos séculos e que, depois de queimada, renascia das cinzas. Significa, também, única na sua espécie ou gênero e superior às outras. Na mitologia Antiga, a Fênix habitava os desertos da Arábia e vivia muitos séculos. Era do tamanho de uma águia, tinha na cabeça uma crista brilhante, as penas do pescoço eram douradas e as outras, de cor púrpura, a cauda era branca com plumas encarnadas e os olhos brilhantes como estrelas. Diz-se que, quando sentia aproximar seu fim, fazia um ninho com ramos untados de gomas odoríferas, expunha-o aos raios do Sol, nele se abrasando. Das suas cinzas nascia um verme, ou um ovo, segundo outros, do qual nascia uma nova Fênix, cujo primeiro cuidado era transportar a Heliópolis e depositar, no altar do Sol, os restos de seu pai. Era um símbolo do Sol e, entre os egípcios, um emblema da alma.


Na mitologia oriental, dá-se igualmente o nome de Fênix a uma ave maravilhosa que os chineses transformaram em símbolo da felicidade, da virtude e da inteligência. Participam da ave o dragão, a serpente, a tartaruga e o peixe. Na sua plumagem, brilham cinco cores sagradas. A Fênix é também, símbolo da morte e renascimento perpétuo da natureza.

No Egito, a Fênix está sempre em relação com a relação com a estrela Sothis ou estrela de cinco pontas, ou estrela flamejante, que é pintada, muitas vezes, ao seu lado.


A antiga lenda mitológica da Fênix é muito familiar. Dizia-se que vivia seiscentos anos no deserto, construindo, para si mesma, uma "pira funerária" com madeiras aromáticas; que acende, abando-a com as asas e emergindo das chamas com uma nova vida. A Pira representa o receptáculo onde arde o "Fogo Sagrado". Do ponto de vista Hermético, o fogo possui as qualidades quente e seca, que correspondem ao verão, ao meio-dia. A cor vermelha é Tamas, vibrando em seu aspecto mais sutil. Desde os tempos mais remotos da humanidade, o fogo tem sido adorado por todos os povos, como símbolo da vida ou da força animadora, seja diretamente como fogo aceso, seja como Sol. Por isso, o fogo sempre foi sagrado.

quarta-feira, setembro 03, 2008

"NANA PARA UN NIÑO INDIGENA"


"NANA PARA UN NIÑO INDIGENA"


Ismael Serrano



Duerme mi cielo,mi niño eterno, dueño del mundo,mi corazón.


Despertarás y habrá acabado la larga nochey su terror. Vendrá la luz y el amanecer posará en tus labios la esperanza que sueñan los pueblos originarios.


Sueña Pichiche,con las praderas donde el manzano ya floreció,en esa tierra en que el huinca aprende nuestros amores, los que olvidó.


Él allí comprenderá que tu gente quiera romperlas alambradas que cierran la ruta a Peumayen.


Duerme, mi pequeño,que en el país al que vas dormido escriben la verdadera historia los vencidos.


No temas despertarte, que la luz que se cuela por el tamiz de tus sueños alumbra esta noche y limpia el cielo del mundo.


Duérmete y que vuestro sueño custodie el futuro.


Duerme mi wawa, la Pachamama besa tu frente y en su interior guarda su oro negro y volátil, para ofrecértelo a ti, mi amor.


Duerme que un sueño nos salvará de tanto olvido, y espantará al águila que acecha al puma herido. Dulce paal,duerme tranquilo, que aquí a la selva no llegaránel monstruo con dientes de acero, rencor y escamas y su ley marcial, que a la tarde llegó un mensajero con pasa montañas diciendo que traerá música y flores por la mañana.


Duerme, mi pequeño,que en el país al que vas dormido escriben la verdadera historia los vencidos.


No temas despertarte, que la luz que se cuela por el tamiz de tus sueños alumbra esta noche y limpia el cielo del mundo.


Duérmete y que vuestro sueño custodie el futuro.




Glossário:1.- Pichiche: Menino em idioma mapuche (indígenas do cone sul).2.- Huinca: Homem branco em mapuche (originariamente era um termo para denominar aos ladrões de gado).3.- Peumayen: Lugar sonhado en mapuche.4.- Wawa: Bebê em quechua e aymara.5.- Pachamama: Mãe terra em quechua.6.- Paal: Menino pequeno em lacandón maya.


Post by: Sisaray Rupanco.


A PESCARIA


O que é uma pescaria, senão ir rumo ao desconhecido.... a um destino desconhecido ?
Ir até o mar, um rio, uma lagoa.... jogar uma rede ou um anzol nessa água e esperar pra ver se “pegamos” alguma coisa.... tem dias que não é boa a pescaria, não vem nada, mas em algum momento, um dia... em qualquer momento, pode vir “aquele” peixão... O sonho do pescador... Sonho esse, que tão profundo faz muitos inventarem histórias de pescador a respeito do tão sonhado peixe...
É...
Imagino o que sente o bichinho lá embaixo... Na rede ou no anzol... Tenta desesperadamente “se livrar” de quem o capturou, luta, luta, se debate... Até perceber que quanto mais “se bate” mais se enrosca, mais preso fica, maior a impossibilidade de sair daquela situação...daquela rede...talvez seja por cansaço, que o peixe deixa finalmente de lutar contra o que o apanhou....
E parece que depois disso realmente, não resta mais nada, senão o próprio
Destino.... nas mãos do Destino... verdadeiro Destino. Talvez o peixe, possa pensar em como foi descuidado, inocente, inexperiente, desatento... Por isso sempre se deve estar atento?

Pensamentos: Sisaray Rupanco.

segunda-feira, setembro 01, 2008

IN THE AIR TONIGHT...


I can feel it coming in the air tonight, oh lord
Ive been waiting for this moment, all my life, oh lord
Can you feel it coming in the air tonight, oh lord, oh lord
Well, if you told me you were drowning
I would not lend a hand
Ive seen your face before my friend
But I dont know if you know who I am
Well, I was there and I saw what you did
I saw it with my own two eyes
So you can wipe off the grin, I know where youve been
Its all been a pack of lies
And I can feel it coming in the air tonight, oh lord
Ive been waiting for this moment for all my life, oh lord
I can feel it in the air tonight, oh lord, oh lord
And Ive been waiting for this moment all my life, oh lord, oh lord
Well I remember, I remember dont worryHow could I ever forget, its the first time, the last time we ever met
But I know the reason why you keep your silence up, no you dont fool me
The hurt doesnt show; but the pain still grows
Its no stranger to you or meAnd I can feel it coming in the air tonight, oh lord...




Postado por: Sisaray Rupanco

sexta-feira, agosto 29, 2008

Seguir as regras ????


Compartilho uma estória....Era sobre um Mestre e seu discípulo que caminhavam em silêncio. Ao chegarem à beira de um rio, notaram que uma mulher gostaria de atravessá-lo, mas, sozinha, não conseguia. Imediatamente, o Mestre a tomou nos braços e a carregou até o outro lado da margem. Soltou-a e continuou sua caminhada, tendo ao seu lado o discípulo que o acompanhava.No final do dia, o discípulo não agüentou e falou:- Mestre, preciso desabafar! O senhor cometeu um gesto que contradiz as regras. Sabemos que não podemos tocar uma mulher e o senhor não só tocou uma como a carregou até a outra margem do rio... Como poderei confiar no senhor novamente se a regra não foi cumprida?O Mestre, surpreso, respondeu:- Do que você está falando?!?E ao olhar para o semblante angustiado do discípulo, rindo-se, lembrou em voz alta:- Ah! Da mulher que deixei lá atrás, no rio... Você ainda a está carregando?!?

As regras são mesmo ótimas, mas podem acabar endurecendo nosso coração...há momentos(na maioria deles) em que o melhor a fazer é simplesmente seguir nosso coração. Que determinadas regras não nos impeçam de fazer aquilo que acreditamos ser o melhor. As vezes ficamos igual ao discípulo... apegados ao que já foi, já deu, acabou... não existe mais...

Escureceu....



A noite chegou.
O dia passou, o sol se pôs
Ficamos esperando, esperando, esperando... mas esperando o que ?
Esperamos tanto que o dia se foi, a noite foi chegando e aqui está

Escureceu.

E a gente se dá conta que esperou o dia todo, pensando que em algum momento, será "o momento", e aquele momento passou. As horas passaram, o relógio andou. E a noite chegou.
E nessa espera não procuramos nem uma vela, uma lanterna, um guia. Nem fizemos um fogo...
Simplesmente esperamos.
E agora no escuro, não há como encontrar os paus, nem os gravetos, muito menos as folhas secas. Não há fósforos, nem isqueiro pra acender um fogo.

Escureceu.

E agora, o que fazer ?
O que não fazer ?
Enquanto era dia, entramos em tantos temazcais e tivemos tantas oportunidades de morrer ali mesmo. Sábio é aquele que se entrega e já morre ali, de uma vez...
Mas a gente sempre "pensa que precisa" ser forte, pra se acaso, todos morrerem, poder manter o fogo aceso.
Mas aí, todos renascem.
E a gente nem morreu...

Escureceu.

E nesse escuro, não tem pra onde ir, nem o que fazer. Talvez rezar ajude...
Talvez.
Mas a noite continua.
Pra onde vamos ?
Pra onde devemos ir ?
Pra piorar (se é que isso ainda era possível..) cai uma forte neblina.
Agora sim !
No mato, sem cachorro.
E sem ninguém.

Escureceu.

A gente sabe, que em algum momento, o dia vai chegar. Vai chegar a luz... vai voltar. Mas quando ?
Que noite escura.
Talvez não se deva fazer nada. Simplesmente esperar.
Mas esperar o que ? Pra que ?
Esperar o dia !
E até que o "famoso dia" chegue.......essa LUZ, esse sol, não tem remédio. Espera.

Escureceu.

E aí, nesse escuro, vem o medo.
E esse medo dessa escuridão parece que só cresce.
Medo de sentir medo.
Medo de todos os medos, que se acreditava que nem existiam...
Simplesmente estavam ali.
Como uma fechadura, só esperando que alguém colocasse a chave certa.
Clique.
Alguém acertou a chave.
Dentre tantas possibilidades, havia uma (pelo menos) para aquela fechadura. Sempre há. Mas são tantas as opções, tantas chaves, tantos segredos, tantos mistérios.
Mas existe uma chave para aquela fechadura. E parece que alguém sempre acaba acertando, sempre descobrindo o segredo.

Escureceu.

Estamos nesse escuro infinito, sem saber pra onde ir. Talvez seja melhor, ir parando por aqui mesmo. Ficar quietinho. Se entregar pra Terra, fechar os olhos. Pelo menos, até que o primeiro raio daquele Sol apareça.
Dizem que o Grande Sol, está dentro. Mas está tão escuro, tão de noite.
De olhos bem fechados, esperamos.
Fechados de medo dessa noite escura.


Escureceu.

Até a mochila desapareceu.
Também !
Pra que carregar algo que não tem serventia ? Que nem lanterna tem ? Que idéia !
Joga fora esse treco !
Se é pra carregar algo, que seja algo que valha a pena, que seja útil, que ajude, que some, acrescente, multiplique. Chega de subtrair e dividir.
Ah, essa Matemática Sagrada, Sagrada Geometria...
Mas mesmo com tudo isso..escureceu.

Até mesmo tentar abrir os olhos, lá estarrado na Terra, custa, demanda esforço, é difícil, pesado...
Escureceu.


Autoria: Sisaray Rupanco

quarta-feira, agosto 27, 2008

OS ASTECAS




TEMPLO DO SOL...





OS ASTECAS




Astecas, Aztecas ou Méxicas

Os índios Astecas, ou Méxica, foram dos povos mais civilizados e poderosos da América pré-colombiana. Ocuparam como se autodenominaram os habitantes do Vale do México (em uma ilha do Lago Texcoco), vieram para essa região, depois de uma longa e lenta migração. Chegaram de um lugar chamado Aztlán, situado no sudoeste do atal Estados unidos, onde viviam como tribos guerreiras nômades. Desde a Era Cristã, existiam civilizações urbanas, sedentárias e agrícolas na região e exemplo dos toltecas. Os últimos a chegar ao refinado mundo do planalto mexicano foram os astecas sedentarizaram-se e mesclaram-se com os toltecas e a partir da aliança feita entre as cidades de Texcoco e Tlacopan, surgiu o "Império Asteca", tendo como centro a cidade asteca de Tenochtetlán. Cada uma das cidades-estados possuía o seu próprio rei, mas os astecas tinham o comando militar na época em que ocorreu a ocupação espanhola, os indígenas do imenso império só reconheciam um chefe: Montezuma, o imperador asteca. A partir de sua capital, Tenochtitleán (hoje a cidade do México), os Astecas controlavam um grande império que incluia quase todo o centro e sul do México. Foram guerreiros famosos, com uma organização militar muito desenvolvida. Eles eram fortes, de pele escura, cabelos curtos e grossos, e rostos redondos. Assemelhavam-se a alguns grupos de indígenas que hoje vivem em pequenas aldeias perto da Cidade do México.

* Curiosidade: Quase todos falavam a língua Náuatle, que em determinadas palavras assemelha-se ao português, por exemplo; tomate e chocolate, que em Náuatle é tomatl, chocolete.
Governo

O sistema governamental dos Astecas era monárquico, onde o Conselho do Imperador, era quem elegia seu sucessor, escolhido entre os membros da linhagem governante, e chamada Casa Real. O coração político e espiritual dos Astecas, era a cidade de Tenochtítlan na ilha de Tlatelolco ( Lugar do Cacto Espinhoso ), capital do Império Asteca. Era o Conselho do Imperador, que elegia o sucessor do Imperador, que era escolhido entre os membros de linhagem governante, a chamada Casa Real. O poder do Imperador era hereditário, e considerado de origem divina e ele governava auxiliado pelo "Grande Conselho", as suas principais obrigações eram proteger o Povo e homenagear os Deuses. Os Astecas tinham pouca liberdade de ação e pouca voz no governo devido a forma de governo ser a Autocrácia.

Sociedade

A sociedade era bastante flexível, ocorrendo mobilidade social dentro do Império. Alguns membros das baixas camadas livres poderiam ascender à categoria de dignitários graças à bravura nos combates, era possível galagar postos militares e chegar a fazer parte da Aristrocracia militar. Poderiam também, dedicar-se aos serviços religiosos e até, mesmo chegar a ser supremo Sacerdote. Ela se organizava como uma pirâmide Deste os indígena: na base Escravos (bem tratados), Servo ( que trabalhavam nas terras privadas da nobreza ), já a maioria da população era composta pelos Comuns ( Macehualtin ), que viviam e trabalhavam nas terras comunitárias, por direito de usufruto. Os Comuns pertenciam a grupos familiares Capulli ( Casas Grande ), que possuíam terra, um chefe de clã e um templo. Acima de todas as categorias anteriores, estava a Nobreza Hereditária ( Pipiltin ), de onde saíam os burocratas para o sistema, e de cujas fileiras se formava o Conselho do Imperador.


Religião

Desde os indígenas do México, os Astecas foram os que mais cultuaram seus Deuses. À época da chegado dos Espanhóis, a religião Asteca era uma síntese de crenças e cultos. Os Deuses agrários dos povos agrícolas do centro do México fundiram-se com os Deuses astrais dos povos guerreiros bárbaros. Um dos tipos de Cerimônia de Sacrifício Humano era: Que o mais bravo dos prisioneiros de guerra era sacrificado a cada ano. No dia de sua morte, ele tocava flauta no cortejo. Sacerdotes e quatro belas moças acompanhavam-no.

Cultura

Embora fossem herdeiros culturais de outras grandes civilizações, os Astecas conseguiram desenvolver técnicas e conhecimentos bastante elevados. A arquitetura sobressaiu na construção de monumentos, diques e aquedutos. Na arte da ourivesaria eram mestres. Os sacerdotes, astrônomos e astrólogos Astecas tinham com um de seus deveres contemplação do céu e o estudo do movimento dos astros. Os livros eram importantíssimos, os colégios dos nobres e os palácio possuíam volumosas bibliotecas. a escrita era uma mistura de ideografia com a escrita fonética, pois alguns caracteres derrotaram idéias e objetos, e outros, designavam sons.

O Calendário

No Calendário se encontram representadas a cosmogonia e a cronologia dos antigos mexicanos. Ao centro destaca-se o Sol (Deus Tonatiuh) sedento de sangue com o signo nauiollin, símbolo do nosso universo. Os quatro braços da Cruz de Santo André, correspondentes ao signo Ollin, contêm os símbolos dos quatro antigos Sóis. Em torno destes hieróglifos, círculos concêntricos mostram os signos dos dias (vide abaixo), os anos, representados pelo glifo xiuitl composto de 5 pontos, sendo 4 em cruz e mais outro no meio e, enfim, duas "serpentes de turquesa", isto é, os dois períodos de 52 anos que correspondem aos 65 anos do planeta Vênus, os dois constituindo o ciclo de 104 anos denominado ueuetiliztli ("velhice"). Os astecas tinham conhecimento precisos sobre a duração do ano, a determinação dos solstícios, as fases e eclipses da Lua, a revolução do planeta Vênus e diversas constelações, como as Plêiades e a Grande Ursa. Eles atribuíam uma atenção especial à mensuração do tempo, numa aritmética que tinha como base o número 20. Ao fim de cada período de 52 anos, acendia-se o "Fogo Novo" no cimo da montanha de Uixachtecatl. Isto era denominado "liga dos anos". Era comemorado como um verdadeiro "Reveillon" místico com sacrifícios, danças, renovação de utensílio domésticos, etc. O Calendário Asteca possuía 18 meses com 20 dias, estes últimos a saber:

Coatl - Cobra
Cuetzpallin - Leopardo
Calli - Casa
Ehecatl - Vento
Cipactli - Crocodilo
Xochitl - Flor
Quiahuitl - Chuva
Tecpatl - Pedra
Ollin - Tempo
Cozcacuauhtli - Abutre
Cuauhtle - Águia
Ocelotl - Jaguar
Acatl - Bastão
Malinalli - Erva
Ozomatli - Macaco
Itzquintli - Cão Careca
Atl - Água
Tochtli - Coelho
Mazatl - Cervo
Miquiztli - Caveira

Agricultura e Subsistência

Alimentavam-se essencialmente de milho (era tão importante que existia até um Deus-Milho), feijão, abóbora, pimenta e tomate. Os grãos de amaranto e sálvia eram usados em mingaus. Em torno do lago, consumiam-se peixes, crustáceos, batráquios e até insetos aquáticos. Aliás, os peixes e crustáceos só chegavam ao Planalto para serem consumidos pelas mais altas camadas da sociedade.

O Fim do Império

Em 1519, Hermán Cortés partiu da ilha de Cuba com o objetivo de saquear a civilização Asteca. Os Astecas tomaram conhecimento dos estrangeiros pela descrição de seus informantes. Montezuma e seus conselheiros concluíram que Quetzalcoatl estava retornando para tomar o que era seu. Os Astecas enviaram mensageiros com presentes para Cortés, imaginando ser ele seu Deus. Os presentes em vestimentas, jóias e ouro despertaram a cobiça de Cortés. O conquistador Europeu, percebeu, que havia alguns povos dominados pelos Astecas que lhe tinham ódio: aliou-se, então, a esses povos que recebiam os Espanhóis como libertadores. A destruição do Império Asteca foi possível, em parte, pela superioridade em armamentos dos Europeus. Os canhões, os cavalos, os arcabuzes e as espadas de ferro aterrorizavam os homens a pé e armados de arcos e flechas. Não podemos esquecer também o papel desempenhado pela diplomacia de Cortés na conquista. Esse Espanhol semi-analfabeto, sedento de ouro e sangue, soube utilizar os povos nativos dominados pelos Astecas, para obter seus intentos. Era atuação do sistema capitalista Europeu, que não poupava nem mesmo vidas humanas para impor suas regras pré-estabelecidas na política mercantilista vigente.


TEMAZCAL DE AGOSTO 2008


Neste último domingo dia 23, tivemos mais um TEMAZCAL em Joinville...... Foi mais um daqueles momentos mágicos, de puro compartilhar. Compartilhar este, que é pura Medicina...
............Corazón...
Corazón de Fuego, Corazón de Fuego... corazón...
Essa é uma canção que me chegou nos meus 13 dias... Só um pedacinho dela...
A todos os que vieram, meu agradecimento pela confiança... pela humildade, pela vontade, pela sinceridade, pela integridade do momento.
Metakuye Oyasin !!!!

sexta-feira, maio 09, 2008

Neste sábado 10 de Maio 2008

Encontro de Mulheres em CURITIBA


Convido você para participar desse encontro conosco.

Para a terra alta elas viajaram
Palavras de verdade e olhos de visão
Cem mil mulheres
E cem mil batidas de corações...
Vocês dançarão comigo, meigas filhas
Dentro de muitos círculos das nossas vidas
Mantidos juntos por duas batidas de tambor
Tambor do coração da Mãe
Tambor do coração da criança
Carolyn Hillyer, "Two Drumbeats", extraído do álbum Heron Vallery,
Seventh Wave Music, 1993

Próximo sábado – Dia 10 de Maio das 14:00 às 18 horas.

Maiores informações:
sisarayrupanco@yahoo.com.br ou deixe seu endereço eletrônico no meu perfil.

Abraço de Ursa
Karen.